Ainda no meio das ondas de choque do caso Fernando Nobre, Passos Coelho já está outra vez encostado às cordas. Afinal, na véspera de apresentar o PEC4, Sócrates telefonou a Passos Coelho, que se deslocou a São Bento onde estiveram reunidos. Nessa reunião, Sócrates apresentou o famoso PEC4.
Para os homens de Matosinhos, isto faz toda a diferença. O que interessa é que Sócrates comunicou a Passos Coelho as medidas que iria anunciar e nada mais importa (ideia de Francisco Assis que ouvi na televisão).
Para os laranjinhas, isso não importa nada, o que interessa é que as medidas foram apresentadas como facto consumado.
E para nós? Afinal o que é que isso interessa?
Não interessa nada e interessa muito!
É um facto que o Primeiro Ministro cometeu um erro grave na forma como apresentou o PEC4 ao país, como facto consumado e abençoado em Bruxelas, sem o mínimo respeito pelas instituições Portuguesas. Mais, na véspera sublinhou no parlamento que não seriam necessárias mais medidas de austeridade.
É um facto que não faz grande diferença que as duas personagens tenham conversado pelo telefone ou pessoalmente. Tanto assim é que o PS só agora se lembrou disso.
É um facto que Passos Coelho cometeu um erro ao não ter dito logo, e claramente, que esteve pessoalmente com o primeiro ministro na véspera da apresentação do PEC4.
É um facto que, à medida que o tempo avança, vai ficando a sensação que a laranjinha começa a cheirar a rosa mesmo antes de chegar a laranja....
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