O primeiro-ministro deu uma entrevista em que mostrou todas as contradições. A crise, de facto, era inevitável
Esta foi uma das entrevistas mais reveladoras de José Sócrates, o que é mérito da jornalista Judite de Sousa, mas, sobretudo, prova aquilo que já sabíamos: este governo, agora em gestão, estava completamente sem conserto e sem rumo.
O que ontem Sócrates provou à saciedade é que a crise era inevitável e o primeiro-ministro nunca a quis enfrentar, brandindo os chavões de que a Europa achava o PEC a salvação do euro. A solução de que Sócrates fala nunca o foi, como não o foram as anteriores, consubstanciadas em programas de estabilidade que foram sempre mal feitos e mal geridos por um governo fraco.
Foi o pior Sócrates que se viu em seis anos de primeiro- -ministro, porque as contradições e os desvios da realidade ficaram muito expostos e com um outlook muito negativo para os próximos tempos...
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