«Há uma mitomania. A criação do mito em torno de José Sócrates». É assim que Rodrigo Moita de Deus, especialista em comunicação resume o que se tem passado até agora no congresso do PS. Em declarações ao tvi24.pt, explica que «tudo neste congresso é focado no líder». «Há uma espécie de devoção ao santo pouco comum em Portugal», frisa. E explica depois porquê.
«Neste congresso, o PS proibiu as câmaras de televisão de circularem à vontade na sala, o que lhes permite controlar os planos. Estão colocadas nos cantos, viradas para o líder ou para quem discursa, não permitindo obter imagens de reacções dos congressistas. Isto não acontece em mais nenhum partido em Portugal, nem em quase nenhum do mundo, se excluirmos a Coreia do Norte». E dá um exemplo: «Num congresso do PSD, quando Pedro Passos Coelho fala, há sempre uma câmara apontada para Santana Lopes, para ver a reacção. No PS isso não acontece».
«O próprio discurso de José Sócrates, em que este termina a perguntar: "Estão comigo", é mais um exemplo», explica, recordando depois o vídeo com a história do PS, em que o actual secretário-geral tem mais relevo do que todos os outros líderes. «Tudo é feito para comprometer os militantes em torno do líder». E a verdade é que depois, os militantes que discursaram acabaram todos por se dirigir «ao Zé». O que, embora Rodrigo Moita de Deus acredite que não seja propositado, acaba por ser uma consequência dessa concentração de atenções no líder.
Rodrigo Moita de Deus diz que também que «há um exagero monumental na cenografia, luxo», que acaba por não ser compreensível em tempo de crise.
«Neste congresso, o PS proibiu as câmaras de televisão de circularem à vontade na sala, o que lhes permite controlar os planos. Estão colocadas nos cantos, viradas para o líder ou para quem discursa, não permitindo obter imagens de reacções dos congressistas. Isto não acontece em mais nenhum partido em Portugal, nem em quase nenhum do mundo, se excluirmos a Coreia do Norte». E dá um exemplo: «Num congresso do PSD, quando Pedro Passos Coelho fala, há sempre uma câmara apontada para Santana Lopes, para ver a reacção. No PS isso não acontece».
«O próprio discurso de José Sócrates, em que este termina a perguntar: "Estão comigo", é mais um exemplo», explica, recordando depois o vídeo com a história do PS, em que o actual secretário-geral tem mais relevo do que todos os outros líderes. «Tudo é feito para comprometer os militantes em torno do líder». E a verdade é que depois, os militantes que discursaram acabaram todos por se dirigir «ao Zé». O que, embora Rodrigo Moita de Deus acredite que não seja propositado, acaba por ser uma consequência dessa concentração de atenções no líder.
Rodrigo Moita de Deus diz que também que «há um exagero monumental na cenografia, luxo», que acaba por não ser compreensível em tempo de crise.
O especialista explica depois que «o PS nunca foi assim. Tudo isto começou com José Sócrates e terminará com José Sócrates». «Convém lembrar que o PS não é José Sócrates e José Sócrates não é o PS».
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