Mais uma vez, José Sócrates, faltou à verdade.
Agora são os dois acordos de entendimento com a "troika". As diferenças entre o memorando assinado a 3 de Maio, com conhecimento dos partidos da oposição, e memorando assinado pelo governo a 17 de Maio revelam que Sócrates não respeita ninguém. Não respeita o povo e não respeita aqueles com que negoceia.
O mínimo que uma pessoa decente deveria fazer, era avisar os outros das alterações introduzidas. A Comissão Europeia também saí mal desta história. Antecipar compromissos não é uma questão menor e Portugal ainda é um estado soberano.
Este comportamento de Sócrates, revela, uma vez mais, a sua estranha ideia de democracia, bem como a sua estranha concepção do cargo que ocupa. O primeiro ministro não é dono do pais. Não o é em caso algum, menos o será quando está em gestão.
A justificação apresentada: "pormenores", é sinistra.
Sócrates sabe desde 17 de Maio, que o próximo governo deverá apresentar uma proposta para redução da Taxa Social Única até Julho, retirando 3 meses ao prazo inicial. Ainda assim, no dia 20 de Maio, em debate na televisão com Passos Coelho, fechou-se em copas e disse que o próximo governo deverá estudar o assunto....
As eleições são a 5 de Junho. O próximo governo tomará posse, a correr bem, no inicio de Julho, e a criatura entende que se trata de um pormenor... Ou aquilo não é para cumprir?
Mas não é só. Também houve alterações nos prazos de revisão da legislação das indemnizações em caso de despedimento, nos prazos para aumento das taxas moderadoras na saúde, nas tarifas dos transportes públicos, etc... Tudo assuntos que mexem com a vida das pessoas.
Uma pessoa decente tinha obrigação de comunicar ao país as alterações acordadas com a Comissão Europeia. Uma pessoa decente, tinha obrigação de explicar quem exigiu essas alterações. O que parece, é terem sido os nossos "parceiros" Europeus, os tais que, como diz Mário Soares, são amigos de José Sócrates.
Faça-nos então um favor, convide os seus amigos e desapareça!
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