sexta-feira, 27 de maio de 2011

AH, E TAL, A CULPA MORRE SEMPRE SOLTEIRA...

Sim, nos por cá queixa-mo-nos sistematicamente: "a culpa não pode morrer solteira", "nunca vi nenhum ir preso", etc...

Agora, que temos a oportunidade de, pela acção do voto, responsabilizar os culpados, nã... Olha-se pro outro lado e a ponta-se o dedo ao Alemães!

Num artigo de opinião, aqui,  António Nogueira Leite, vai além da ladainha e aponta nomes, em concreto:

"Após uma década de estagnação, e de crescimento galopante do desemprego (mais de 500 mil novos desempregados na última década), da mais que duplicação da Dívida Externa e da duplicação da Dívida Pública, Portugal não conhece culpados. Bom, à direita e à esquerda do PS (e, em privado, em muitos sectores do PS) aponta-se José Sócrates. O ainda primeiro- ministro será o principal culpado, mas cometeu os maiores erros apenas porque tentou defender Portugal dos especuladores e da crise internacional.

Constâncio não pode ser culpado pois é amigo do Presidente da República, de muitos dos economistas com lugar certo nos media e quando convenceu Guterres de que a Balança Externa era irrelevante num país pertencente a uma zona monetária maior, foi mal interpretado. Teixeira dos Santos, ministro de Estado e das Finanças nos últimos 6 anos, também não tem culpa nenhuma. Pelo contrário, foi apenas mais uma vítima às mãos de Sócrates. Merece, no mínimo, uma comenda. Em suma, a economia portuguesa foi maltratada como não há memória nos últimos 80 anos, mas não há portugueses responsáveis pelo desastre. Culpados, só mesmo a crise internacional e os especuladores. E, talvez, a famosa lei de Murphy."


Está nas nossas mão. É fundamental correr com o Eng.º Sócrates e, a bem do regime, penalizar os responsáveis (pelo menos politicamente).


 
 

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