quinta-feira, 17 de março de 2011

SÓCRATES NO SEU MELHOR

Como descrito no post anterior, o governo falta à verdade quando diz que o PEC4 está aberto a negociações.

Nas 12 folhas a que o Negócios teve acesso, o Executivo dá as várias medidas como certas e nunca admite a necessidade de negociação no Parlamento - o que é considerado habitual em Bruxelas.

Em Lisboa, o Governo tem garantido que a apresentação de medidas adicionais de consolidação orçamental em 2011 se deve apenas às piores perspectivas económicas da Comissão Europeia. O discurso perante Bruxelas é, no entanto, mais suave: "Apesar dos desenvolvimentos muito positivos nas exportações, há claros riscos às perspectivas macroeconómicas no que diz respeito à procura interna em 2011", lê-se.

Também o discurso do ideólogo do governo, Augusto Santos Silva, que se pode ler abaixo, sustenta essa tese:

O Governo já obteve luz verde dos responsáveis europeus para uma solução política que evita o recurso de Portugal ao FMI, mas está dependente do PSD para a concretizar, lamentou hoje o dirigente socialista Augusto Santos Silva.

"Estamos a um passo de uma solução política positiva para o País no quadro europeu e estamos hoje dependentes... reparem o absurdo disto: não do" presidente do Banco Central Europeu, "não da chanceler" alemã, "não do" presidente do Conselho Europeu, "não do" presidente da Comissão Europeia, "não do" presidente francês, "mas do senhor Passos Coelho".

Já agora, alguém que explique ao ministro Augusto Santos Silva que o governo não está dependente do PSD. Está dependente da assembleia da república, onde deveria negociar, de modo a poder aprovar as medidas que entende necessárias. É a tal da Democracia

Pode Ler as declarações de Santos Silva AQUI

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