segunda-feira, 13 de junho de 2011

AH POIS É...

Convinha esclarecer se Ana Gomes está doida


Por: João Miguel Tavares, aqui

Da última vez que contei, havia 22 eurodeputados portugueses e Ana Gomes era um deles. Ela não é uma maluquinha fugida do Hospital Miguel Bombarda. Ela é representante do país nas instituições que hoje em dia mandam em nós. 

E por isso, declarações como aquelas que proferiu aos microfones da Antena 1 e depois repetiu aos jornalistas em Estrasburgo não podem ser simplesmente despachadas com o carimbo de "lunáticas", ou ficarem mais uma vez naquele espécie de limbo do não-dito, muito portuguesinho, onde se deixam insinuações gravíssimas a pairar no ar e depois se foge pela porta das traseiras.

As comparações entre Paulo Portas e Dominique Strauss-Kahn não foram sequer um lapsus linguae, como pode comprovar qualquer pessoa que ouça a sua intervenção na Antena 1. Ana Gomes disse precisamente o que queria dizer, e o que quis dizer foi isto: Paulo Portas está cheio de esqueletos no seu armário privado e isso desqualifica-o para o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, porque o torna num alvo fácil de chantagem. Mais. Ana Gomes referiu-se a "dois ministros do governo de Durão Barroso que fariam investidas em meios de prostituição, um deles até disfarçado de cabeleira postiça". E no dia 31 de Maio, no blogue Causa Nossa, já havia aconselhado Passos Coelho a evitar a companhia da "cabeleira loura, à la Deneuve", que disfarçaria uma "insinuante careca".

Deixemo-nos de hipocrisias e de subentendidos. O que Ana Gomes fez foi acusar publicamente Paulo Portas de frequentar os meios da prostituição masculina em Portugal. Portanto, das duas, uma. Ou ela está doida e deve ser removida do Parlamento Europeu. Ou ela está certa e tem a obrigação de levar as suas acusações até ao fim. Estar à partida a envenenar um governo que ainda nem sequer tomou posse é que não pode ser. A inimputabilidade tem de acabar.
 


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