quinta-feira, 21 de abril de 2011

1001 RAZÕES PARA NÃO VOTAR SOCRATES (5)

A avaliação da política económica do Governo é muito negativa. Pior seria difícil - Santos Pereira (aqui)

Durante as duas legislaturas, o Governo teve uma política de apoio aos sectores mais protegidos da economia nacional, bem como uma insistência pouco salutar em realizar grandes obras públicas altamente dispendiosas e com muito pouca utilidade para a nossa economia. 

(...) o Governo acordou tarde de mais para praticamente todos os problemas do país, desde a nossa excessiva dívida externa, passando pela escalada da dívida pública, até aos nossos problemas de competitividade. Por isso, a falta de apoio atempada às empresas exportadoras foi só mais um caso da política irrealista e irresponsável que tivemos nos últimos anos. Só quando se apercebeu que todas as políticas que tinha lançado (grandes obras públicas e política económica baseada no "betão") tinham falhado é que o Governo se virou para as exportações. Fê-lo, sem dúvida, tarde de mais. Para mal do país.
 
(...) é importantíssimo restaurar a credibilidade do país e da política económica. É importante lembrar que passámos de país modelo (o célebre "bom aluno") do início dos anos 90 para um país à beira da bancarrota em 2011. Ora, quando os investidores estrangeiros olham para nós e vêem um país com governantes irresponsáveis e com uma gestão macroeconómica desastrosa, decerto que pensam duas ou três vezes antes de investirem. Por isso, e se queremos mesmo inverter esta situação e atrair o investimento estrangeiro, é absolutamente fundamental credibilizar a política macroeconómica com um programa de políticas mais realista e responsável.

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