terça-feira, 19 de abril de 2011

JOSÉ SÓCRATES – UMA DESGRAÇA PORTUGUESA

As próximas eleições, de 5 de Junho de 2011, poderiam ser as mais importantes desde, pelo menos, 1990. Dado o estado a que as finanças do país chegaram, duvido que assim seja. Ganhe que ganhar, não há muito para inventar. De qualquer modo, o próximo governo poderá ditar o fim do actual regime.

Num país completamente à rasca, temos apenas três líderes políticos com possibilidade de liderar o próximo governo. Os líderes dos partidos à esquerda do PS, abstiveram-se de participar nas negociações com O FMI e FEEF, tornando inviável a sua colaboração no próximo governo.

Eu até entendo as posições que assumiram; ou melhor entenderia se nos explicassem de onde viria o dinheiro necessário para os próximos meses/anos. Pode ser que ainda o digam (petróleo no Alentejo?).

Ficam portanto três personagens disponíveis para liderar o próximo governo. Dessas três, há uma que, se tivéssemos um pinguito de vergonha na cara não aceitaríamos – José Sócrates.

José Sócrates representa muito do que não queremos que os nossos filhos sejam: uma figura de plástico, desenhada em função das circunstâncias. Basta recordar a passagem de animal político a cordeirinho arrependido, após a derrota do PS nas europeias de 2009, ou o recente episódio do Luís estou melhor assim ou melhor assado, para esclarecer todas as dúvidas.

Associado ao seu nome surgem diversas histórias mal contadas, que deixam o mais fanático dos seus defensores com apenas um argumento: são todos iguais (é o que se diz quando não há argumentos possíveis…).

Mas adiante. Mesmo dando “de borla” todas essas histórias que um dia espero ver esclarecidas, não há qualquer desculpa para votar Sócrates.

Sócrates é primeiro ministro de Portugal desde 12 de Março de 2005. De lá para cá, o país não melhorou, pelo contrário. Já em 2005, ao contrário do que disse um dia Jorge Sampaio, a vida para além do orçamento era muito limitada. Já nessa época, alguns economistas, como Vítor Bento e Medina Carreira, alertavam para os nossos problemas estruturais e eram gozados pelo governo.

O que fez Sócrates? Quais os resultados destes 6 anos?

Aqueles que se queixam porque as culpas morrem sempre sozinhas, têm agora na mão a possibilidade de apontar o culpado. O homem a quem pagámos durante 6 anos para tratar do nosso condomínio falhou e tem que ser responsabilizado. Está na nossa mão, derrotando claramente o candidato a primeiro-ministro José Sócrates, afirmar que não somos estúpidos e que não aceitamos ser tratados como estúpidos.

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