quarta-feira, 23 de março de 2011

Reacções a um Portugal sem Governo

RETIRADO DO DIÁRIO ECONÓMICO (COMPLETO: AQUI)

Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP
"Nada de especial. Já era previsível". "O que interessa agora dizer é que, em democracia, quando há bloqueios, há eleições. No futuro é preciso que as forças partidárias, nomeadamente o PS e o PSD, passem a falar com a verdade e com rigor".

Nuno Amado, presidente do Santander Totta
"É a democracia a funcionar"

Américo Amorim, empresário.
... Qualquer mudança nunca favorece o país, a instabilidade política nunca foi boa. Mesmo assim acredito que o que aí vem não é pior para o país, mas o futuro a Deus pertence".

Silva Lopes, economista"O primeiro-ministro andava há que tempos a negar auxílio externo, mas ele já cá está há muitos meses. Se não fosse o BCE, já isto estava de pantanas há muitos meses".
(...)
"Não houve responsabilidade, ninguém ganhou juízo. Andaram todos a evitar o inevitável. Nem o Governo, nem o líder da oposição, nem o Presidente da República, nenhum quis declarar que a vinda do Fundo era inevitável".

Miguel Almeida, presidente da Sonaecom
"A única coisa que posso dizer é que este não é o melhor momento para irmos para eleições".

Ilídio Pinho, IP Holding.
...  Não acredito que vamos ficar piores, a convicção que tenho é que a oposição (os partidos que vão concorrer às eleições) já criaram condições de confiança nos mercados externos".

Pais do Amaral, empresário
"É um desastre. Vai mergulhar o país numa crise muito mais profunda do que aquela em que já estava".Luigi 

Valle, vice-presidente do Pestana:
"Este Governo e este primeiro-ministro tinham de cair. Mas isso não significa que a partir de amanhã o PS, PSD e CDS não façam um esforço para se entenderem".

António Saraiva, presidente da CIP
Não era "o momento oportuno" para um período eleitoral e que o país vai "mais fragilizado a Bruxelas".

Bernardo Vasconcellos e Sousa, proprietário e presidente do HotelStock
"Tudo isto era inevitável há muito tempo. Não penso que a realização de eleições seja um drama.

Paulo Varela, presidente do grupo Visabeira
"Lamento imenso esta situação e penso que a solução passará necessariamente por fazer eleições e reunir um consenso o mais alargado possível que envolva o máximo de partidos.

Carlos Barbot, presidente do grupo Barbot
"É pena não se ter evitado isto. É pena não se terem entendido, é pena não terem falado com o Presidente da República. Acho que nos estão a levar para uma situação muito complicada"

Hipólito Pires, gestor
"Na minha opinião, acho que agora ficamos ainda pior do que o que estamos, mas temos que esperar para ver o que acontece. O país fica pior".

Luís Cabaço Martins, presidente da Antrop
"Gostamos de ter interlocutor e trabalhamos com qualquer Governo. O importante agora é que se encontrem soluções de estabilidade governativa. Esperamos que, sem prejuízo de estarmos perante um governo demissionário, seja possível continuarmos a trabalhar porque o país não pára."

Biagio Lapolla, responsável do Royal Bank of Scotland
"Isto traz consequências negativas nos mercados. Não muda muito a visão, porque os investidores já todos tinham a certeza que um resgate era inevitável.

Augusto Mateus, economista
"Aquilo de que o país precisa é de uma plataforma de convergência política, social e técnica. Portugal precisa de um governo maioritário ou de um acordo maioritário para tomar as medidas necessárias, que foi o que não aconteceu. E mesmo o acordo político não chega. Falta convocar as forças sociais e em matérias-chave encontrar pessoas altamente competentes".

João Picoito, director-geral da Nokia Siemens Network
"Portugal necessita de encontrar rapidamente uma solução de estabilidade política alargada para se poder concentrar nos graves problemas económicos que tem de ultrapassar".

Pedro Seabra, presidente da consultora CB Richard Ellis em Portugal
"Já estávamos numa situação de total falta de financiamento de elevado custo da dívida pública, que é o que nos penaliza e isto não muda nada nesse sentido. Contudo, creio que houve alguma precipitação e teria sido melhor que este PEC tivesse sido aprovado nalguns pontos."

Ricardo Sousa, presidente da Century 21 Portugal
"Eles deviam ter tentado negociar e a demissão do Governo é negativa."

Miguel Júdice, presidente executivo do grupo Lágrimas
"Acredito que a entrada do FMI pode não ser uma consequência directa, depende do que se fizer no caso de queda do Governo."

Jorge Armindo, presidente da Amorim Turismo:
"A credibilidade do País a nível europeu já sofreu bastante. Isto foi um mau princípio, não se ter conseguido acordo entre os líderes políticos".

António Pires de Lima, presidente da Unicer
"Foi a crónica de uma morte anunciada por todos há muito tempo. É importante uma clarificação política com a credibilidade a ser questionada todos os dias".

João Vieira Lopes, presidente da CCP
O importante não é a cor política do futuro Governo mas sim a existência "de uma base alargada".

Antonio Carlos Rodrigues, vice-presidente do conselho consultivo do grupo Casais - Construção
"Isto é muito mau para o país, para os bancos, para as empresas. O país está numa situação tão instável, tão frágil na sua capacidade de gestão...que um dia destes vamos ter um estrangeiro a mandar em nós.

Pedro Gouveia, director da construtora San José
"Era a crónica da morte anunciada. Estávamos à espera que esta situação acontecesse porque a credibilidade do governo e as medidas tomadas já não faziam sentido.

Fortunato Frederico - presidente do grupo Kyaia (Fly London) e presidente da APICCAPS
"É uma situação má que vai criar mais dificuldades ao país, a somar às que já temos. Só vai criar dificuldades.

Eduardo Rangel, Presidente do Grupo Rangel
"A queda do Governo era inevitável e ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Portugal necessita de um Governo que trabalhe com o apoio de outros partidos políticos, para que desta forma não imponha ao país as medidas que pretende tomar, sem uma ampla maioria de apoio".

Bruno Bobone, Presidente do Grupo Pinto Basto 
"A queda do governo tornou-se inevitável face à má condução da situação pelo primeiro ministro que durante demasiado tempo tentou esconder a situação de dificuldade que vivemos e que agora tentou ganhar protagonismo na tomada de posição, sempre na perspectiva de ganhar imagem pública e nunca se preocupando com a realidade do país e dos portugueses".

Miguel Beleza, economista
"A oportunidade é má devido à situação do país e dos mercados internacionais"

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